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Semana Santa

Uma conversa sobre Penitência

Nessa época do ano, especialmente nesses dias de Quaresma e Semana Santa, muitos se perguntam sobre o sentido da Penitência. Por meio de algumas perguntas, vamos tentar entender um pouco mais sobre esse assunto!

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1- De que modo nasceu o ato de fazer penitência?

Acho que devemos esclarecer o sentido da palavra penitência. Aqui quero falar dela referindo-me aos gestos e atitudes exteriores que me fazem aproximar-se de Deus e do seu amor. Não há aqui um sentido sacramental da Penitência, este relacionado com o sacramento da Reconciliação.

Fazer penitência quaresmal, no contexto desta nossa conversa, é dedicar algum tempo da minha quaresma para realizar um gesto de mortificação que me faça perceber minha finitude diante da grandeza absoluta de Deus. Os gestos e ritos penitenciais, neste sentido, têm profundas raízes judaicas – e mesmo outros povos em outros contextos de religiosidades também praticavam gestos de penitência pessoal ou pública. No fundo a raiz do ato penitencial humano é colocar-se humildemente diante de Deus, reconhecendo-o absoluto diante de nossa fraqueza.

A ideia é sempre tornar-se menos indigno de estar na presença de Deus. Na Bíblia são muitas as passagens penitenciais e alguns gestos são significativos: rasgar as vestes, se cobrir de cinzas, fazer jejum. Outros gestos penitenciais comunitários envolviam sacrifícios de animais, sendo que o mais simbólico era o envio do chamado “bode expiatório” para o deserto, levando consigo os pecados de toda a comunidade.

2- Qual o objetivo da penitência?

 

Todo ato penitencial pretende ser um gesto de abertura ao Sagrado, ao amor de Deus que tudo transforma a partir da abertura do coração humano.

Todo ato penitencial pretende ser um gesto de abertura ao Sagrado, ao amor de Deus que tudo transforma a partir da abertura do coração humano. Assim, uma verdadeira penitência só tem valor se for feita com o desejo íntimo de aproximar de Deus e da sua misericórdia redentora.

Penitências que sejam apenas atos externos de sofrimento não alcançam este objetivo. Por isso é que o profeta Oséias diz que Deus prefere a Misericórdia e não o sacrifício, aqui entendido somente como um gesto externo de oferecimento de algo ao Senhor.

3- Há alguma ação que substitua a penitência?

Nenhuma Penitência é obrigatória, mas sempre um gesto de liberdade. Ainda que a Igreja proponha jejuns para alguns dias do ano e outros gestos de mortificação, estes não são impostos como obrigatoriedade para a salvação do cristão.

Assim como há remédios que nos auxiliam a melhorar rapidamente de uma gripe e nós, na liberdade, escolhemos não tomar este medicamento, o que retarda nossa melhora física, assim é a penitência: com ela nossa vida se abre mais rapidamente a percepção do amor de Deus e do valor das coisas sagradas; sem ela teremos um caminho mais longo para compreender a grandeza de Deus. Talvez, por isso mesmo, todos os santos realizaram algum gesto de penitência, registrados nas suas biografias.

4- Após a penitência o corpo e o espírito ficam mais leves, ou seja, sem culpa?

Bom, se aqui falarmos de Penitência e Reconciliação como Sacramento da Igreja, temos que considerar que a graça de Jesus Cristo faz nova a criatura – homem ou mulher – que procura com retidão de coração e vontade de arrepender-se a confissão sacramental. Todo penitente que se confessa retamente sai sem mancha do confessionário.

Já os atos e gestos penitenciais relacionados com a privação corporal, matéria desta entrevista, terão seu valor se forem feitos, como foi dito, com reta intenção de busca da santidade. Neste caso, a pessoa poderá sim sentir-se muito mais “leve” e próxima de Deus, mas a absolvição plena dos pecados só acontece mesmo com a confissão sacramental. Esta é insubstituível!

5- A penitência ajuda as pessoas a fazerem um exame de consciência?

 

(...) durante a penitência assumida a pessoa se torna aberta a refletir sobre a vida (...)

Eu creio que o contrário é que é verdadeiro num primeiro momento. A pessoa que faz um exame de consciência e pretende melhorar sua vida espiritual é quem procura atos penitenciais para auxiliá-la nesta tarefa. Obviamente, durante a penitência assumida a pessoa se torna mais aberta a refletir sobre a vida e consegue propor para si algumas mudanças de atitudes concretas da vida.

Aliás, gostaria de frisar que a penitência corporal que não se abre a mudança de comportamento e de atitudes no dia a dia, que não provoca uma reaproximação com o meu próximo e com os mais necessitados não é uma penitência que tenha valor. E diga-se também que a penitência não pode tornar-se rotina.

Toda penitência pretende me fazer pensar sobre a vida e muda-la no que for preciso. Caso contrário é sofrimento e privação inúteis.

6- Normalmente alguns jovens têm dificuldades em aceitar a penitência, bem como, a execução dela. A que pode se atribuir tal questão?

Quando pensamos em penitências de fato pensamos em gerações mais vividas na Igreja, cuja formação religiosa previa com seriedade certos momentos no ano em que era preciso penitenciar-se. Mas nem sempre estas pessoas fazem penitência com coração pronto para mudar, parece que a penitência é um hábito a ser repetido e só. Já a juventude vem sendo educada para a religião de outra maneira, dentro de uma cultura do prazer, do hedonismo e do bem-estar.

Parece improvável imaginar que um jovem vai privar-se de alguma coisa para melhorar sua vida espiritual. Este é o pensamento da maioria da Juventude. A Igreja precisa reatualizar o modo de compreender a penitência, não como sofrimento inútil ou privação, mas como ofertório de algo que me falta para compor a comunhão com os que de fato vivem sem nada.

Neste sentido talvez consigamos trazer para os jovens o espírito penitencial. Mas há que se dizer que muitos jovens são convictos de suas penitências e as fazem para suprir diversas necessidades espirituais.

7- Qual mensagem o senhor deixa para as pessoas refletirem sobre a penitência na quaresma?

A Quaresma é um tempo litúrgico maravilhoso da Igreja. É tempo para um retiro espiritual, feito interiormente, em família e em comunidade. Penso na Quaresma como naquele momento que antecede o começo de um grande espetáculo teatral ou musical.

As pessoas estão em silêncio, ajeitam-se nas cadeiras, escolhem a posição mais confortável, ficam na expectativa do que virá e partilham com as outras os sentimentos de estar ali esperando a cortina abrir.

Neste momento muita coisa passa pelas cabeças: os espetáculos anteriores, a pessoas que gostam de nos acompanhar nestas ocasiões, as situações que a vida nos oferece.

De repente, a cortina se abre para o espetáculo e, sem piscar, acompanhamos tudo aquilo como se fosse parte de nossa própria vida, a gente participa do espetáculo intensamente. Nós na quaresma estamos esperando a abertura da cortina da RESSURREIÇÃO.

A preparação para este grande espetáculo de fé acontece nestes quarentas dias e exige silêncio e contemplação. Assim, façamos da Quaresma e Semana Santa um tempo de buscar intensamente o Cristo Jesus e por ele abramo-nos a experiência de atos penitenciais que promovam em nós a busca da santidade plena.

Assintura Pe. Evaldo

6 metas pessoais para esta Semana Santa

A Quaresma e a Semana Santa são caminhos de crescimento espiritual para ratificar, diante de nós mesmos e dos outros, que Deus passou pelas nossas vidas para fazer de nós pessoas melhores, e por isso nos comprometemos a ser testemunhas dessa conversão. Este é realmente o sentido da Semana Santa: que cada um seja uma vivência de fé à luz de Cristo. 

E para que esta mudança seja verdadeira, o Senhor nos convida a deixar morrer em nós tudo aquilo que nos afasta dele e dos outros. Esta é também uma boa oportunidade para exercitar o autocontrole em aspectos que nos custam mais. 

As seguintes dicas podem ser um maravilhoso plano de crescimento pessoal, pois partem de aspectos nos quais costumamos falhar: 

1. Não farei o que não gosto que façam comigo. Mais do que um propósito, esta pode ser uma lei de vida. É a melhor maneira de acabar com o círculo vicioso que conduz a estados negativos. 

2. Cumprirei minhas obrigações. Isso significa cumprir os deveres que cada um assumiu com retidão, responsabilidade, compromisso e, acima de tudo, amor. 

3. Serei amável com os outros. Não há dúvida de que as pessoas amáveis vivem melhor, pois este valor produz felicidade, harmonia, paz interior; além disso, tem o poder de “desarmar corações”: liberta o outro das emoções negativas. 

4. Não guardarei rancor nem sentimentos tóxicos. O ressentimento, agressividade, ódio, rancor e desejo de vingança adoecem o espírito, prejudicam o corpo e produzem desequilíbrio psicológico. São toxinas que podem talvez não danificar o outro, mas envenenam quem as experimenta. O perdão é o único remédio para acabar com estes sentimentos negativos que nos afastam da felicidade, apagam o entusiasmo e destroem a paz interior. 

5. Só falarei bem das pessoas. Um comentário negativo pode acabar com uma amizade, enterrar uma instituição, manchar um nome, desmoronar uma vida. Não podemos nos esquecer de que somos humanos e, por conseguinte, erramos. É preciso esforçar-se por focar-se mais no lado bom de cada pessoa, para evitar que os erros e defeitos dos outros nos atormentem, roubando de nós a tranquilidade que tanto buscamos. 

6. Não ficarei vigiando a vida alheia. Não precisamos dedicar tempo a investigar se os outros estão fazendo bem seu trabalho, se retificam seus erros, se são bons esposos ou pais de família. Deixemos de lado os assuntos alheios e dediquemo-nos a cuidar da nossa vida.

Fonte: La Familia.info

 

 

Domingo de Ramos

Quem já não participou da bela festividade do domingo que antecede a Páscoa? Levamos os nossos ramos para serem abençoados e, com cantos e festa, saímos em procissão até à Igreja para celebrarmos a Missa Solene da Paixão do Senhor! São imagens bonitas que ficam marcadas em nossa mente! Mas o que significa tudo isso?

Domingo de Ramos no Santuário Nacional

A procissão que fazemos no Domingo de Ramos revive o momento da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Podemos ler esse episódio nos quatro Evangelistas: Mt 21, 1-11; Mc 11, 1-11; Lc 19, 28-40; Jo 12, 12-19. Os ramos de oliveira são mencionados somente pelo Evangelho de João. Havia o costume na antiguidade, em diversos povos, de se estender as vestes para que uma pessoa importante passasse sobre elas, significando grande veneração àquela autoridade. O povo estende os ramos a Jesus, e as suas vestes, conforme os três primeiros evangelistas. A importância de Jesus é reconhecida na atitude da multidão.

Jesus entra montado em um jumentinho. Aí está uma cena imbuída de grande simbolismo. Em grande parte dos povos do Oriente, o jumento servia como animal de carga e como meio de transporte. Sendo um animal caro de se obter, somente os ricos se davam a esse privilégio. Conforme o tempo foi passando, o animal começou a se popularizar e se tornou um dos mais importantes meios de locomoção. O jumento era valiosíssimo em terrenos acidentados como os de Israel, pois tinha um equilíbrio invejável para caminhar nas estradas íngremes daquela nação.

Por outro lado, as mulas eram símbolo da realeza, pois tinham a força e a resistência do jumento, sem perder a desenvoltura e a beleza do cavalo, com o qual muito se parecia. Lembremos que a mula é um animal híbrido, ou seja, nascido de um cruzamento entre duas espécies diferentes. Mula e burro são as crias da união entre o jumento e a égua. Geralmente, são estéreis, isto é, não podem se reproduzir. A título de curiosidade, existe também o cruzamento entre o cavalo e a jumenta, que se chama bardoto (o povo do interior sabe muito bem essas distinções).

Bem, sem fugir muito do assunto, as explicações acima servem para clarear o nosso entendimento sobre a realidade cultural do Antigo Israel, tradição da qual bebeu Jesus. Voltando à cena do Mestre sobre o lombo do jumentinho, podemos perceber um grande sinal de humildade. Ele não vem no lombo da mula, que era o animal predileto da realeza de Israel. Ele não vem de cavalo, que era o animal símbolo da guerra (os reis que vinham a cavalo estavam declarando guerra aos seus oponentes). Jesus vem no lombo de um animal usado pelos simples, pelo povo da terra. Ele é um rei que vem em paz e traz a paz!

 

Não basta louvar e cantar hosanas ao rei, temos de buscar a fidelidade até à morte de Cruz!

No mesmo Domingo de Ramos, ao término da procissão, que geralmente se inicia fora da igreja ou em outra capela, dá-se início à Santa Missa da Paixão do Senhor. Por que celebrar a Paixão de Jesus no mesmo dia de sua entrada triunfal? A Igreja quer que todos os fiéis reflitam: onde estava a multidão que estendeu seus ramos e cantou Hosana ao Filho de Davi? Seria a mesma multidão que gritava furiosamente: Crucifica-o! Crucifica-o! Não basta louvar e cantar hosanas ao rei, temos de buscar a fidelidade até à morte de Cruz! E toda a multidão que o adorava e o glorificava sumiu, até mesmo os seus discípulos fugiram!

Neste dia, é o vermelho que usamos, pois lembramos o sangue inocente derramado em favor da multidão que prega o Senhor na Cruz! Domingo de Ramos é o convite para refletirmos sobre o nosso seguimento a Jesus. Sou católico em todos os momentos de minha vida ou somente nas horas fáceis de louvor e aclamações de festa?

Ao término dessa celebração belíssima, levamos para a casa o nosso raminho. Ele vai “incomodar-nos” durante todo o ano, pois, sempre que olharmos para ele, lembraremos o nosso compromisso com Cristo Jesus. Muitos guardam o raminho até secar, para obter as cinzas que serão usadas na Quarta-Feira de Cinzas do ano seguinte. Em algumas regiões, queima-se o raminho em dias de tempestade, pois a confiança é grande naquele símbolo que evoca o nosso Redentor chegando triunfalmente em nossa vida!

Não deixemos de participar dessa Celebração que é a abertura da grande Semana Santa. Ao chegarmos, em procissão, à entrada da igreja, rezaremos o Salmo 23 (24): “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o rei da glória possa entrar!”. Deixemos que o Rei da Glória entre em nossa casa, em nossa história, em nossa vida!

Padre Queimado articulista colunista

 

 

Pela paixão de Cristo a morte foi vencida

Um dos gestos mais significativos durante o Tríduo Pascal, se da durante a Celebração da Paixão do Senhor. Após ser entronizada solenemente, a Cruz de nosso Senhor é adorada por toda a assembleia celebrante, reunida para celebrar a memória da morte do seu Senhor.  

Foto de: Anna Laura Barreto/A12.com

Celebração da Paixão - Anna Laura Barreto_A12.com

 

Os gestos de adoração, podem ser expressados das mais diversas formas, como a genuflexão diante do madeiro santo, ou outras expressões segundo as diverssas tradições culturais. No Brasil e em outras partes do mundo, encontramos a tradição do beijo. O ato de beijar, revela proximidade, relação, intimidade.

Como batizados participamos da intimidade de Cristo, porque fomos incorporados ao seu corpo. Por isso, reunidos para celebrar a memória da sua paixão e morte, adoramos a Cruz porque temos a consciência, de que após a morte de Cristo, ela já não é mais um símbolo de condenação ou escravidão, mas sinal e penhor de vida nova.

Ao nos aproximarmos dela a beijamos, porque sabemos que beijamos o coração, daquele que por ela foi sustentado e do alto do calvário apresentado como a salvação de toda a humanidade. 

Uma das antífonas apresentas para ser cantada durante o momento da adoração da Santa Cruz assim nos diz: “Adoramos, Senhor, vosso madeiro; vossa ressurreição nós celebramos. Veio alegria para o mundo inteiro por esta cruz que hoje veneramos!” Este refrão nos recorda que só podemos fazer a experiência da ressurreição, se passamos pela experiência da cruz.

Experiência que vivenciamos como cristãos, quando em comunidade buscamos superar todas as amarras do egoísmo humano, que nos impedem de viver plenamento como livres filhos amados de Deus.

Na sexta feira santa, os corações dos discípulos vivem a experiência do luto, do silêncio que nos ajuda a meditar sobre o mistério da morte. Mas todavia, tal reflexão nos prepara para a alegria da ressurreição de nosso Senhor, que nos ajuda a compreender que como discípulos dele, estamos inseridos neste mundo, mas caminhando para a eternidade, onde viveremos felizes com o nosso Senhor e Redentor. 

 

Ao nos aproximarmos da Cruz de Cristo para contemplá-la e beijá-la, levamos em nossos corações o sincero desejo de servir ao Senhor, na construção de seu reino.

Neste ano como Igreja a campanha da fraternidade nos convidou a meditar sobre o gesto do serviço generoso da Igreja, em prol da construção de uma sociedade justa e solidária. Ao nos aproximarmos da cruz de Cristo para contemplá-la e beijá-la, levamos em nossos corações o sincero desejo de servir ao Senhor, na construção de seu reino.

Ao Pai rezamos: “Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso filho, e assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo” (Oração da coleta II, Celebração da Paixão, Missal Romano).

Aproxime-nos do Santo Madeira e o contemplemos com um coração aberto e livre, para abraço-lo como o Senhor nos convida a fazer em seu evangelho. Respondendo ao apelo do Espírito, que nos convida através do Papa Francisco a sermos uma “Igreja de Saída”, que vai ao encontro dos crucificados de nosso tempo, dos homens e mulheres lançados aos sub-mundos das periferias existênciais, que destrõem o mais belo dom de Deus, a vida humana.

 

Com o domingo da Páscoa iniciamos a oitava da páscoa (oito dias de festa solene) e também o tempo pascal (cinquenta dias). Tempo de celebrarmos a certeza da vida nova em Cristo Jesus Ressuscitado.

O tempo pascal é da primavera espiritual, são os cinquenta dias – da Páscoa a Pentecostes – e que se revestem de alegria profunda e verdadeira os nossos corações, cume e fundamento de todo o Ano Litúrgico. 

Cristo Ressuscitado

Tempo Pascal, momento de recordar e oferecer a todos os fiéis, às comunidades cristãs e à Igreja inteira a grande oportunidade de tomar maior consciência e de melhor integrar, na existência do dia a dia, esta dimensão fundamental da fé: Ressurreição! Páscoa! Vitória! Três palavras que dizem muita coisa a todos os fiéis cristãos, mas também podem expressar lindos sentimentos às pessoas de boa vontade e, a partir deles, possivelmente levem a algumas atitudes positivas.

Unidos ao Senhor na difícil caminhada deste mundo, reacendemos a luz da fé e aquecemos o nosso coração com o carinho de Jesus Cristo, o Homem-Deus. Tal calor e luz que muitas vezes ameaçam apagar-se e esfriar-se, nós, no entanto, fortalecemos a esperança, aprofundamos a caridade, que é o selo da perfeição. Tempo de esperança alicerçada na Ressurreição do Senhor! Jamais desanimar! A vitória de Cristo já é, irrevogavelmente, a nossa Vitória! Vitória da graça sobre o pecado e a inauguração de um novo tempo, tempo de graça, de santidade, de vida, vida plena e vida eterna. Tempo de esperança e tempo de paz no Senhor Ressuscitado!

Neste Tempo de Páscoa todas as primeiras leituras são extraídas do Livro dos Atos dos Apóstolos, uma espécie de crônicas da Igreja Apostólica, e são um convite às nossas comunidades a escuta do Espírito, e que estas deem também testemunho vivo e sejam audaciosas em sua missionariedade. Neste Ano B, as segundas leituras são extraídas da Carta de São João, quando se retoma temas fundamentais de nossa vida eclesial. Estamos em comunhão com Deus pela fé e pelo amor. Já o Evangelho são todos do quarto Evangelista, exceto o terceiro domingo, que é retirado de São Lucas.

 

O Tempo de Páscoa

"Páscoa não se explica, mas se crê e se vivencia este grande milagre que só a fé é capaz de assimilar..."

Cada domingo é um viver a Páscoa do Senhor! O segundo domingo é o da Misericórdia, que neste ano nos prepara para o grande Ano Santo da Misericórdia. Às vésperas deste domingo iremos ouvir a Bula de Convocação do Ano do Jubileu. Tempo de graça e paz! No terceiro, O reconhecemos na fração do pão, pois Ele está no meio de nós e nos convida a estar em caminho com nossos irmãos cansados e desanimados. Em seguida temos o Domingo do Bom Pastor, dia da Jornada Mundial de Orações pelas Vocações de Especial Consagração. No quinto, a caridade fraterna, amor que une todos os fiéis e se tornará sinal de reconhecimento do amor com que Cristo nos ama. No sexto domingo temos a promessa de Jesus: ‘eis que enviarei outro paráclito’, princípio da vida pascal da Igreja e de todo cristão. A liturgia já nos prepara para o final do tempo pascal e para celebrarmos as festas a caminho de Pentecostes. No sétimo temos a Ascensão, que é também o Dia Mundial das Comunicações Sociais, neste ano com o tema de comunicar a família. Daí começa a semana de preparação de Pentecostes e vive-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. No último temos Pentecostes, que é a plenitude da Páscoa de Cristo por meio da Igreja, precedido de uma vigília.

Cristo Ressuscitado

Tempo este muito especial, em que entendemos que Páscoa não se explica, mas se crê e se vivencia este grande milagre que só a fé é capaz de assimilar: milagre da nova criação nesse Dies Domini. Eis um renascer de homens e mulheres novos, livres de todo tipo de escravidão, livres para amar de verdade e na Verdade. Por meio deste itinerário das leituras de cada domingo descobrimos e contemplamos a inesgotável riqueza do mistério central da fé cristã, para que aos poucos possamos mais perfeitamente vivê-los no nosso cotidiano.

Celebrar a Santa Missa neste tempo é reconhecer as manifestações de Jesus Ressurrecto, quando cada um de nós, discípulos missionários, somos enviados pelo Pai para sermos também manifestações vivas dentro do povo sacerdotal. Enfim, celebrando o dom da vida, elevemos a Deus, o autor e restaurador da vida plena, na nova vida eterna, graças pelo dom da nossa vida, para que, configurados pela ressurreição do Salvador, possamos ser testemunho desta luz brilhante que é o Senhor Ressuscitado! Amém. Aleluia!

Vivamos com intensidade o Tempo Pascal e façamos da nossa vida uma vida Eucarística, de permanente Aleluia!

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

Fonte: CNBB.

 

 

“Alegria de um túmulo vazio”

Mulher por que choras?

 

sepulcro túmulo vazio

 

Quando personalidades falecidas são grandes, fazemos mausoléus e belos túmulos para recordar sua memória. Quão impressionantes são os monumentos antigos. Alguns não passam de ruínas. Os cristãos cultivaram com muito carinho o túmulo de Jesus, vazio. É a primeira prova de sua ressurreição.

Sta. Helena fez construir ali uma grandiosa basílica para o túmulo vazio. Chamava-se Anástasis, que quer dizer, para celebrar a Ressurreição. No tempo das cruzadas deram preferência para o nome de Santo Sepulcro que está lá até hoje atestando que Ele está vivo.

Os chefes dos judeus, na manhã da Ressurreição corromperam os guardas que noticiaram o acontecimento pagando para que dissessem que os discípulos tinham vindo à noite e roubado o corpo: “Dizei que seus discípulos vieram de noite enquanto dormíeis e roubaram o corpo” (Mt 28,13).

Sto. Agostinho diz: “como sabiam que foram os discípulos, se estavam dormindo”? Os chefes e os guardas constataram a Ressurreição. Mas não tiveram fé. Fé é um dom para quem abre o coração.

De outra parte vemos as mulheres que vão ao túmulo de madrugada ver o túmulo. Houve um terremoto e um anjo rolou a pedra. Jesus se fez ver às mulheres. Os textos não coincidem. Ouvimos também a narrativa da aparição à Madalena que chorava.

Os anjos perguntam: “Por que choras? Levaram o meu Senhor e não sei onde O colocaram”, responde. Jesus aparece e ela O confunde com o jardineiro. Ela O identifica pelo modo como a chama (Jo 12,11-18). É um diferente que não mudou. O túmulo vazio é a certeza de que algo novo acontecera. Os discípulos ficaram confusos, mesmo depois das aparições.

Ide ver o lugar onde Ele estava

Lemos no Evangelho de Marcos que as mulheres foram ao túmulo para ungir o corpo. Estavam preocupadas se haveria alguém para rolar a pedra.

Viram o túmulo aberto e dentro encontraram um jovem sentado à direita. Ficaram com medo. Ele lhes disse: “Estaria procurando Jesus de Nazaré, o crucificado. Ressuscitou, não está aqui. Vede o lugar onde O puseram” (Mc 16,6).

Madalena procurava um morto e Ele se apresenta vivo. A certeza que vem do túmulo vazio é suficiente para saber que Ele vive. Os chefes do povo, fariseus, sacerdotes e os chefes do povo souberam da ressurreição, mas não foram capazes de crer.

Os discípulos tiveram dificuldades pela alegria que sentiram e porque ainda não tinham compreendido as Escrituras. Mas aquele túmulo vazio era a prova. Certamente vamos ver que os textos não coincidem. O que interessava aos evangelistas era o fato e não sua sincronização. São tradições diferentes. Jesus deixa o lugar vazio porque passou à vida.

O túmulo de Jesus não se destina mais a um corpo, mas é um motivo para crer. Com a experiência de Cristo vivo, completa sua destinação. Dai em diante será um símbolo da pedra que produz a luz, como mostramos simbolicamente na liturgia de Páscoa.

Vivo que dá a Vida

A liturgia antiga de Jerusalém mantinha uma lâmpada permanentemente acesa para mostrar que Ele está Vivo e é o centro da comunidade e de todas as celebrações.

Quando somos batizados ou participamos de um sacramento estamos em contato real com Jesus que nos dá sua vida. Pena que a Páscoa tenha se tornado um momento festivo no qual o coelho, símbolo da fecundidade, absorveu o sentido da Páscoa.

A Vida que recebemos Dele penetra todas nossas atividades. Tudo que fazemos Nele é Páscoa. O túmulo vazio nos recorda que a Vida venceu a morte. Vencemos a morte quando vivemos o amor.

 

Cristo Ressuscitou, a morte foi vencida!

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“Anunciamos-vos a Boa-Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus” (At 13, 32-33). Cristo Ressuscitou, a morte foi vencida! Podemos nos alegrar verdadeiramente porque Jesus nos liberou da escravidão do pecado e nos abriu as portas para uma vida nova, plena e feliz ao seu lado. A Páscoa é o motivo pelo qual todos os cristãos, apesar de qualquer dificuldade, podemos ser alegres em todo momento.

De fato, “a ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada, juntamente com a Cruz, como parte essencial do Mistério Pascal.” (Catecismo número 638)

 

“Anunciamos-vos a Boa-Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus” 

A Ressurreição é o mistério central da nossa fé. É nela que colocamos as nossas esperanças de que também nós vamos um dia ressuscitar para uma vida nova em Cristo. Como disse o Apóstolo, “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé (1 Cor 15,14). Jesus ressuscitou, está vivo e nos comunica sua vida divina para que possamos ser felizes dando glória a Deus.

O reino de Cristo, que está sentado à direita do Pai no céu, já começou e nós somos convidados a participar dele. Essa é a vida nova a qual somos chamados a viver já aqui na terra e depois plenamente no céu. Essa é a vida Cristã!

É vida porque é concreta. O dom que recebemos em Jesus Ressuscitado não é algo abstrato, muito pelo contrário, é uma graça que interpela diretamente nossas vidas e não pode nos deixar indiferentes. Precisamos fazer que a Vitória de Cristo seja também vitória em mim, em outras palavras, que Cristo Ressuscitado viva realmente dentro de cada um de nós.

Essa vida nova que Jesus nos convida a viver começa para cada Cristão no seu Batismo. O Catecismo nos diz que “foi em sua Páscoa que Cristo abriu a todos os homens as fontes do Batismo. [...] Desde então é possível “nascer da água e do Espírito” para entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5). Que maior presente podemos quere do que esse?

pão e vinho, jesus ressuscitado, semana santaCom a sua vitória sobre a morte, Cristo estava reconciliando-nos com o Pai. Nós que estávamos longe da amizade de Deus desde o pecado dos nossos primeiros pais, fomos trazidos de volta a comunhão com Ele pela entrega de Jesus e por sua Ressurreição. Não podemos deixar que essa graça seja jogada fora. Toda a nossa vida precisa ser um esforço por abrir-nos cada vez mais a essa misericórdia infinita que nos veio por meio do Senhor Ressuscitado.

Na Quaresma nos preparamos para receber o Ressuscitado. Agora que celebramos Ele no meio de nós com um coração mais puro, não deixemos passar a oportunidade de que Ele venha realmente habitar os nossos corações e que transforme a nossa vida na Vida Plena que Ele veio nos entregar! Feliz Páscoa!

 

Páscoa Cristã: a vida acima de tudo

A celebração pascal ocupa lugar central na vida da Igreja. Solenidade litúrgica por excelência, a Páscoa é a fonte e o cume de todo e qualquer culto cristão.

Ressurreição, páscoa, semana santa

A Igreja nasce da Páscoa e através dela atualiza-se pelas estradas da vida. Jesus Cristo, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição, inaugura novo tempo para toda a humanidade e se torna o sinal de libertação e redenção de homens e mulheres.

No silêncio fecundo da Vigília Pascal, a Igreja mergulha com Jesus Cristo nas profundezas da humilhação da morte e com Ele revive a experiência única e perene da Ressurreição, na alegria consciente de que o grão de trigo precisa morrer para produzir a vida.

 

Para os cristãos, o banquete eucarístico é o memorial pascal por excelência.

Diante da grandeza desta celebração para a vida da Igreja, resta-nos olhar mais de perto o evento pascal como memorial da vida e da ação de Cristo em favor da humanidade, preparando nosso coração para vivenciar esse mistério nos festejos que se aproximam. Para os cristãos, o banquete eucarístico é o memorial pascal por excelência.

A Eucaristia testemunha, até nossos dias, o caráter comunitário da celebração pascal. Em Cristo todos são irmanados e as categorias excludentes da raça, do gênero ou da condição social se desfazem (Gl 3,26-28).

Hoje em dia a Páscoa é celebrada dentro da Semana Santa, que tem seu cume no Tríduo Pascal, dias que simbolizam os últimos gestos de Jesus entre nós a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, sua paixão e morte de Cruz e sua Ressurreição. Estes três dias formam uma só celebração e expressam o centro da vida cristã: o mistério pascal de Cristo.

 

A partilha do pão é compromisso com a vida (...)

E quando falamos em Páscoa, uma das maneiras sublimes de atualizá-la é celebrar a Eucaristia. A partilha do pão é compromisso com a vida, em três dimensões pascais: a Eucaristia condensa e expressa o amor de Cristo levado ao extremo. Participar, pois, da Eucaristia implica o compromisso de gastar a própria vida no serviço e na dedicação aos irmãos; é também o sacramento do pão dividido, compartilhado.

Implica o compromisso com a construção de uma sociedade, onde o “pão”, isto é, tudo aquilo que é fundamental para a vida – alimento, vestuário, saúde, educação, habitação – não falte a ninguém.

Por fim, a Eucaristia é a celebração da Páscoa de Cristo, da vida em plenitude. Que você tenha, ao lado de sua família e seus amigos, uma santa e feliz Páscoa.

 

Jesus, nossa Páscoa!

PáscoaJesus viveu a sua páscoa. Ele subiu à Jerusalém, ali foi preso, condenado, crucificado e morto. Sua morte foi como o entrar no perigo do mar, como outrora fizera o povo de Deus. Tudo parecia estar acabado, mas eis que ressurge vitorioso aquele que havia morrido. Ele vive, o seu tumulo está vazio. O Ressuscitado se manifesta aos apóstolos comunicando o dom da paz. Essa foi a Páscoa do Filho de Deus. Ele morreu e venceu a morte, ressuscitando.

Esse fato da ressurreição de Jesus tornou-se o núcleo da fé, pois a partir dele se pode ler e viver todo o mistério de Jesus e da Igreja que ele fundou.

Nós que vivemos há muitos anos depois da morte e ressurreição de Jesus também temos a nossa Páscoa. Durante a nossa vida devemos passar de tudo o que é morte e nós e na sociedade para termos a alegria de viver. São muitas as mortes que precisam ser vencidas enquanto se vive, mas não se vence sozinho. Cristo é vida. O encontro com Ele gera vida em nós. Ele nos ajuda na nossa travessia neste mundo.

Chegará o momento do término de nossa existência neste mundo. A morte humana é a Páscoa de um filho de Deus. Na morte entramos na vida eterna para viver a grande comunhão com Deus. Na nossa páscoa Cristo está presente, pois ele nos acompanha salvando-nos e introduzindo-nos no coração amoroso do Pai para vivermos eternamente felizes.

A nossa Páscoa, se vivida na comunhão com Cristo, tem um significado de plenitude e por isso não nos põe em desespero, mas nos alegra, enche-nos de paz, tem sabor de vitória e liberdade. Cristo viveu sua Páscoa e também nós vivenciaremos a nossa unidos a ele, pois todo mistério da vida se alicerça e se ilumina a partir Dele, no qual “nos movemos, existimos e somos” (Cf At 17,28).

Dom Messias dos Reis Silveira – Bispo de Uruaçu (GO)

 

O que é a Semana Santa?

A Semana Santa é um momento intenso de reflexão para os católicos porque somos levados diretamente para o tempo do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Ao refletirmos sobre os dias que Cristo viveu no que conhecemos hoje como Semana Santa, podemos nos aproximar do que Ele sentiu em Seu coração. A única prova de que Cristo ressuscitou é quando as pessoas vivem Sua vida e se amam com o amor que Ele nos ama.

o que e a semana santa

 “Esta é uma semana santa porque Jesus expulsou os mercadores do Templo e trouxe a ordem para a casa do seu Pai.

Semana Santa porque Jesus reuniu todos os seus discípulos e com eles repartiu o pão e o vinho ensinando o mistério sagrado da comunhão.

Semana Santa porque Jesus não fugiu de seu destino e carregou a cruz com o peso de  todos os pecados e nela foi crucificado para redimir nossos erros e nos manter o que é o verdadeiro amor.

Semana Santa porque Jesus desceu à mansão dos mortos e ressuscitou no terceiro dia, subiu aos céus e ocupou seu lugar ao lado de Deus Pai Todo Poderoso.

A Semana é Santa porque graças ao sacrifício do filho de Deus nos foi revelado o caminho para chegar até Ele. Feliz Páscoa Santa!”  

Assim, a cada dia desta Semana Santa, devemos seguir com algumas reflexões:

Na Segunda-feira Santa, é tempo de contemplação de Maria de Betânia ungindo os pés do Mestre com o perfume do amor e da gratidão.

Na Terça-feira é o momento de Cristo revelar o que se passa no coração de Judas Iscariotes.

Na Quarta-feira, Cristo celebra a Festa da Páscoa Judia com os Apóstolos e acontece a traição de Judas.

Na Quinta-feira Santa, pela manhã, é celebrada a Missa Crismal. No período vespertino, inicia-se o Tríduo Sacro, onde ocorre a Missa da Ceia do Senhor (cerimônia do Lava-pés).

Com a Sexta-feira Santa chega o dia de luto para a Igreja. Celebra-se a Paixão do Senhor através das três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e sagrada Comunhão.

Já durante o Sábado Santo devemos seguir com nossa oração silenciosa e contemplação ao túmulo de Jesus, juntamente com a Vigília Pascal, “a mãe de todas as vigílias”, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo.

Por fim, no Domingo de Páscoa, celebra-se a Ressurreição de Cristo. Somos então guiados pela luz do círio pascal e ressuscitados para uma vida nova de fé, esperança e amor!